Na Silvicultura intensiva, um programa de Melhoramento Florestal trabalha com a variabilidade que compõem uma floresta. Neste sentido, as variações genéticas entre espécies, procedências e progênies são direcionadas para a adaptação em diferentes regiões com o intuito de domesticação e uso.
Assim, a variabilidade genética é “matéria-prima” para o melhoramento e deve ser quantificada por meio de estudos de diversidade genética e mantida com uso de métodos de conservação genética.
Nikolai Vavilov foi um dos pioneiros na quantificação da diversidade de espécies vegetais, sendo conhecido como o primeiro guardião da biodiversidade vegetal. Os resultados das suas viagens e prospecção de sementes estão armazenados no Instituto Vavilov, um dos mais antigos e maiores bancos de germoplasma do mundo.
🎬 conheça nesta videoaula o que são centros de origem, centros de diversidade, centros de domesticação e bancos de germoplasma:
Na prática, o objetivo do melhoramento florestal é propagar genótipos selecionados por meio de clones, quando possível, fazendo com que a expressão fenotípica final represente uma melhoria quando comparada ao fenótipo médio da floresta ou população base. Busca-se por exemplo florestas plantadas com alto rendimento para características básicas, como rápido incremento volumétrico, resistência às doenças, boa forma do tronco, entre outras.
Para isso, tradicionalmente o melhoramento florestal recorre à variação genética ou pool gênico originário da biodiversidade florestal. Em outras palavras, a domesticação das espécies só foi possível devido à diversidade genética disponível nos locais de ocorrência natural das espécies.
Em 1951, Vavilov relatou em sua obra “A origem, variação, imunidade e melhoramento das plantas cultivadas” onze zonas de diversificação das plantas cultivadas, que podiam ser agrupadas em oito centros de origem. Estes centros são separados por alguma barreira geográfica, como desertos, montanhas e mares.
Conheça os estudos do LabGeM que avaliaram a diversidade genética em populações de espécies arbóreas nativas: www.labgem.com.br/news
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